Não sei se por ter nascido nos anos 60 sempre resisti a aprender os "Lavores Femininos".
Contudo e olhando para trás vejo que sempre vivi rodeada de grandes e excelentes crafters.
A tia Cândida, que costurou todo o guarda roupa feminino da família.
A tia Bia, que fazia fabulosas pegas em patchwork com os restos dos tecidos das saias das blusas dos vestidos e dos casacos, com os mesmos fazia rolos enormes de trapilho que levava ao tear donde saíam as mantas que no inverno nos protegiam do frio.
A avó Raquel que apanhando malhas de meias e crochetando em linha Âncora e Coração, babetes e botinhas, naperons e colchas, roseta atrás de roseta contribuía para o orçamento familiar.
A minha mãe, que apesar de ser empregada de escritório, bordava divinamente, tricotava como poucas e dada a escassez de costureiras até parte do seu guarda roupa costurava.
Apesar de não gostar de costurar e achar que não tinha jeito nenhum para esta arte, a máquina de costura sempre teve lugar cá em casa, a sogra não quis que à falta de vontade se juntasse a falta de material.
Hoje é a minha companheira das madrugadas e dela sairão as criações que em breve irão aparecer por aqui.
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