domingo, 31 de janeiro de 2010

Das cozinhas da minha infância


Estes bonecos de faiança sempre estiveram pendurados nas paredes das cozinhas da minha infância, lembro-me de os ver em casa da minha avó, da minha tia e na dos meus pais.
Agora, chegou a vez de eu própria os ver pendurados em minha casa.








































Eram dois pares mas, tal como na vida, as mulheres resistiram mais, um dos homens não sobreviveu.
Lembro-me que se compravam nas feiras, pelo menos 50 anos têm pois cresci com eles.








































Lembro-me que havia mais modelos e que estes representavam as diferentes regiões do país. Em minha casa houve mais alguns mas à medida que o tempo avançava iam-se partindo, eram tirados das paredes para irem a banhos na altura das limpezas da primavera e inevitavelmente iam perecendo no meio da confusão das limpezas. Sobraram estes e espero preserva-los durante bastante tempo.

Estes representam o Douro.

quinta-feira, 28 de janeiro de 2010

Talegos

( Taleigo nº #013 - disponível )


Quando meto uma na cabeça, enquanto não a concretizo não descanso.
Depois da tentativa frustrada de fazer o Workshop de Patchwork, tenho andado na net à procura de sites que me ensinem as regras básicas. Tenho encontrado muita coisa, na sua maioria em Inglês o que torna tudo mais difícil, contudo nada como experimentar.
Assim fiz, tentando seguir as instruções consegui fazer uns triângulos, até estarem perfeitos ainda falta um pouco, contudo para uma 1ª experiência acho que não está muito mal.

( Taleigo nº #017 - disponível )


Como estava entusiasmada resolvi aproveitar mais uns retalhos e...saíram estes.


Este verde foi feito a pedido da Ana A.

terça-feira, 26 de janeiro de 2010

Bonecos Surpresa



Foi difícil mas consegui!

"A net é um Mundo ", era com esta frase que me incentivavam a navegar. De facto é verdade, à custa do blog e das pesquisas que tenho feito, tenho descoberto coisas que fizeram parte da minha infância e há muito que estavam esquecidas.

Há algum tempo, voltei a encontrar os "bonecos surpresa", era assim que eu e as minhas colegas de escola nos anos 60 do séc. passado, chamava-mos as estas figuras
super elaboradas e impressas em papel fino e brilhante.




Na altura, os cadernos e os livros eram parcos em cor e estas estampas serviam para decorar as folhas dos cadernos, serviam de presente quando nos portávamos bem na escola, serviam de troca e para pagar apostas, etc.
Colocávamos-los dentro dos livros e cadernos e quando os encontrávamos era uma surpresa daí o termo " Bonecos Surpresa".



Custavam tostões, vendiam-se nas papelarias, a Zézinha da Papelaria Portugal era a pessoa que nos aturava durante horas na procura daquele que faltava na colecção.
A Papelaria Portugal era a que ficava mais perto de casa e da escola que frequentei, a Escola Primária do Carmo em Faro.
Quando na Papelaria Portugal já não encontrávamos bonecos diferentes lá íamos nós à Papelaria Silva, à Artys e à Académica.



Não havia menina na escola que não tivesse a sua colecção.



Foram as bonecas de vestir, que vi fotografadas no Flickr, que me fizeram recordar estas pequenas maravilhas. Questionei, via email, várias pessoas sobre os " Bonecos Surpresa", mas foi-me difícil explicar por palavras o que procurava. Vi e revi blogs à procura das figurinhas, se em português já é difícil dar-lhes um nome técnico, pois não são estampas, não são autocolantes, não são gravuras, enfim nem sei que nome lhes dar, em inglês mais difícil seria.
Até que um dia descobri uma foto com as figuras, depois de mais uma troca de emails fiquei a saber que só em breve estarão à venda, e que se designam por " vintage stickers".


Foi com a denominação de "Vintage Stickers" que fui à procura e foi no Etsy que as descobri, com apenas 15€ incluindo portes voltei a encontrar-me com a minha infância.
Estou muito Feliz.


Continuarei atenta pois vou querer continuar a colecção, motivo? Nostalgia da infância.
Além disso ainda me falta encontrar estas estampas com brilhantes, aqueles que na minha infância eram os mais raros e também os mais caros.



Ainda guardo algumas coisas da minha infância, mas destes " Bonecos Surpresa" não tinha nenhum.Sei que se continuam a fabricar e é só uma questão de tempo e de alguma sorte para voltar a ter a minha colecção.


Não é fácil fotografá-los ao vivo são ainda mais bonitos.

Se alguém souber onde é que eles estão à venda por favor envie-me um email.

segunda-feira, 25 de janeiro de 2010

A Primavera tarda em chegar


Anseio pela chegada da Primavera, a minha estação preferida, enquanto ela não chega vou-me contentando em observar a figura cândida desta menina que todas as noites me vê adormecer. O aroma e a beleza dos jacintos dão-me um bocadinho desta Primavera que tarda a chegar.
Sinto a falta do brilho e do calor do sol.


domingo, 24 de janeiro de 2010

Patchwork




São lindos alguns dos trabalhos de patchwork que tenho visto nos Blogs que vejo e revejo. Fiquei tão curiosa que acabei por me inscrever num workshop de iniciação, para tentar aprender as técnicas básicas.
Depois de várias trocas de emails lá fui eu, carregada de máquina, base de corte, cortador, etc. Quando cheguei ao sítio e à hora combinada, nada nem ninguém. Contactei a formadora que....ups!! esqueci-me de avisá-la, mudámos para amanhã.

De regresso a casa resolvi que não voltaria no dia seguinte e que através da net conseguiria descobrir como me iniciar nesta arte.
Encontrei algumas dicas e resolvi começar por um bloco básico o Rail Fence.

Não foi fácil e não ficou perfeita mas esta capa para livro foi uma 1ª experiência, com paciência e perseverança talvez lá chegue.
Posicionar o tecido correctamente, fazer as medições correctas, saber usar a régua e a base de corte são dúvidas que ainda tenho e que penso farão toda a diferença no trabalho final.
Vou estar atenta aos workshops que por aí se vão fazendo para, se possível frequentar um mas, espero que não se esqueçam de me avisar caso haja alterações de última hora.
Vou ser franca, aprecio bastante os trabalhos de quilting, mas nem todos me agradam. O rigor e a técnica fascinam-me, mas confesso, o que gosto mesmo é de juntar retalhos aleatoriamente sem a preocupação de obter um desenho demasiado geométrico.

sexta-feira, 22 de janeiro de 2010

Modelos de 1928


De novo com a VOGA de 1928, agora para mostrar modelos de vestidos, malas e chapéus.

Este compêndio é um documento fantástico de uma época cheia de charme e glamour.



Se verificarmos, muitos destes modelos têm sido reinventados ao longo de muitas épocas.


Para quem adora chapéus, como eu, estes modelos são fantásticos.
Caído em desuso durante algum tempo, felizmente cada vez mais se faz uso deste acessório.






Palácio Valle Flôr

(Pavimento da sala dos arreios no edifício das cavalariças)


José Luís Constantino nasceu em Trás-os-Montes em 1855 e, com apenas dezasseis anos, partiu rumo a África. Na ilha de São Tomé tornou-se um dos maiores produtores de cacau, diziam-no inteligente, empreendedor. O seu apoio ao desenvolvimento das populações em São Tomé e Príncipe e a preocupação social que teve com os trabalhadores das suas fazendas, não passaram despercebidas. Foi várias vezes condecorado e, em 1907, o Rei D. Carlos atribuiu-lhe o título de Marquês. Foi no final do século xix que o Marquês de Valle Flôr adquiriu um terreno no Alto de Santo Amaro, em Lisboa. Anos mais tarde começou a construir nele o palácio que hoje acolhe o Pestana Palace Hotel. O Marquês viveu entre África, Lisboa e Paris, guardando influências destas vivências na decoração do Palácio Valle Flôr. Os melhores pintores portugueses da época desenharam os tectos, os ornamentos das paredes foram encomendados ao atelier Jansen de Paris, as madeiras do chão vieram de São Tomé.

No início do século xx uma parte da vida social lisboeta passava-se dentro deste palácio. Após a morte do Marquês de Valle Flôr, em 1932, o edifício entrou numa fase de degradação. Abandonado durante mais de meio século, pertenceu ao Estado antes de ser adquirido pelo Grupo Pestana em 1992, época em que se começaram trabalhos de recuperação colossais. Em 1997, o palácio foi classificado monumento nacional e, em 2001, o hotel foi oficialmente inaugurado.

quarta-feira, 20 de janeiro de 2010

Sintra e Saudade



Numa tarde muito cinzenta e chuvosa voltámos a um dos locais mais idílicos deste país à beira mar plantado.
É sempre com imenso prazer que voltamos a Sintra, se não fossem os 350km que nos separam muitas mais vezes a visitaríamos.



E nem pensar em perder a visita à Piriquita,para comer os travesseiros e as célebres queijadas.


Só que desta vez, aguçada a curiosidade por muitos dos blogs que leio, fiz questão de ir lanchar à Saudade, chegámos 10minutos atrasados, os famosos scones da Mary, mais conhecida pelo seu blog a Saloia, já tinham acabado.


Atendidos pelo super simpático Luís, fui aconselhada a experimentar o pão de noz com passas que barrei com manteiga e doce de figo acompanhando com um delicioso sumo de abacaxi. Adorei!



Aqui voltei a encontrar o mosaico hidráulico igual ao que durante tantos anos pisei na casa dos meus pais.


Também se pode adquirir chás, compotas, peças de artesanato, etc.
Por lá também se encontram peças de Rafael Bordalo Pinheiro, uma contribuição importante deste casal de jovens para dar a conhecer um dos maiores se não o Maior ceramista português de todos os tempos.


A R., tirou fotos e explorou todos os recantos, é um espaço muito bem recuperado que pertenceu a uma antiga fábrica de queijadas e onde se respira Vida e Arte do Povo Português.

Aqui voltarei.

Que frio!


Os fogões a petróleo não eram novidade única nos anos 20 do séc. passado, também os caloríficos se tornaram num electrodoméstico de luxo.


Na casa das minhas tias usava-se a braseira a carvão que ainda hoje existe na casa de uma das minhas primas, e era à volta dela que jogávamos quino, designação que na família dávamos ao bingo. Lembro-me de passar noites bem agradáveis a jogar quino que marcávamos com feijões e tendo como fundo musical as melodias de sempre que passavam no velho rádio de ampolas.

terça-feira, 19 de janeiro de 2010

Publicidade de 1928


Hoje tenho para vos mostrar publicidade aos fogões nos anos de 1927/1928.

Esta publicidade foi feita na revista VOGA, uma revista que aborda essencialmente a moda, mas não só. Nela podemos encontrar reportagens sobre eventos, bordados e lavores, cultura, cozinha, conselhos práticos, artistas de teatro e cinema, etc.

Propriedade e editada por Aillaud Lda., a redacção e administração tinham sede na Rua Anchieta nº 25 em Lisboa e o nº de telefone era 1084 /1606.

É uma revista de grandes dimensões, 43cmx30cm, a preto e branco. É um documento fantástico da época.
São vários os fascículos e estão encadernados, foi-me oferecida por uma a vizinha costureira, há 26 anos.

Há muito que queria mostrar os figurinos da época, contudo hoje ao folheá-la deparei-me com a publicidade aos fogões e achei que era interessante mostrá-la dada a enorme variedade e quantidade que encontrei.



Na época em que ainda se cozinhava a lenha e a carvão o fogão a petróleo era uma inovação que facilitava imenso as donas de casa. Isso mesmo poderão constatar ao ler o texto que acompanha as imagens.

Em casa das minhas tias e das minhas avós as refeições eram preparadas nestes fogões, o primeiro fogão a gás e com forno, foi o da minha mãe quando se casou em 1959, era um luxo ainda maior.



Lembro-me bem da dificuldade que era acender estes fogões, tinha que se accionar o êmbolo para criar pressão no reservatório de combustível para que o petróleo fosse injectado no queimador.

Ainda conservo no meu " museu" esses fogões a petróleo e todos estão aptos a funcionar.



Este era de certeza um modelo de Luxo.


As tarefas estavam facilitadas com estas trempes. Poder cozinhar em 3 bicos ao mesmo tempo devia ser fantástico. O preço era proibitivo e não acessivel a todos.


Fiquei a saber que a água fervida a lenha ou a carvão sabia a fumo.


Rápido, económico e limpo.


Chá em 5 minutos um luxo!


Transformou os hábitos e facilitou a vida aos utilizadores.


Com eles passou-se a dormir um pouco mais.


As discussões com o patrão acabaram e passou a haver alegria no trabalho.


E assim... deixou-se de fazer exercício físico.


As discussões também acabam com o uso dos fogões vacuum.

segunda-feira, 18 de janeiro de 2010

Beatriz


Este sorriso enche-me a alma.
É bom ver que os nossos trabalhos provocam sorrisos e gargalhadas.
A Marta fotografou a Beatriz com um dos meus babetes e uma das minhas Jovévinhas.



O painel com o nome da "piquena" deu colorido à cama e o babygrow com a Jovévinha aplicada ganhou vida.

Obrigada pelas fotos Marta.