domingo, 29 de novembro de 2009

Jacintos


Os meus jacintos já estão a florir. Adoro flores e felizmente os jacintos florescem no Outono, o que me permite ter flores frescas durante bastante tempo e com um aroma fantástico.

Amo este boneco, em cuja base está inscrito "23 de Setembro de 1928" e a assinatura de quem o fabricou, "António M." ( tem mais um nome mas não é perceptível). Adoro o pormenor do cigarro na boca a sua expressão e a forma com está vestido.

Talvez um dia "crave" um dos fotógrafos cá de casa para lhe fazerem uma foto decente, esta não lhe faz jus.



Decidamente não "atino" com a Fotografia, garanto-vos que a moldura não é dourada mas prata envelhecida, o flash faz destas!

Tote bag



Mais um presente de Natal concluído .
Este é mais um Tote Bag feito com tecido da designer Linda Svesson, desta vez as asas são de persinta de algodão que encontrei à venda onde menos esperava.



Como o saco tem o fundo branco cosi com linha branca, contudo estou tentada na zona bolas a sujar a linha com lápis da cor das mesmas, para que o pesponto não se veja. O que acham desta ideia tonta?

quarta-feira, 25 de novembro de 2009

Rute Reimão





A Rute Reimão é uma ilustradora Talentosa que conheci na blogosfera. Desde que vi as suas criações que me apaixonei pelo seu trabalho.
Depois de lhe ter adquirido uma pequena peça, que aqui mostrarei um dia, resolvi colocar-lhe um desafio.
Contei-lhe a história da recta final da vida da minha mãe e a forma hercúlea como encarou a doença que a vitimou, desafiei-a a ilustrar essa força para que ficasse registada. Pedi-lhe que ma fizesse com materiais que lhe pertenceram, relíquias com as quais sempre convivi e que me transmitem afectos.
Ela aceitou o desafio, fiquei Feliz.
Contudo, à medida que relatava a sua história de vida para que ela melhor entendesse o seu perfil, foi inevitável relatar a grande história de Amor vivida pelos meus pais o Amor incondicional que sempre sentiram um pelo outro e que a minha mãe jamais esqueceu mesmo depois de o ter perdido.
Daí que lhe tenha enviado juntamente com os tecidos, rendas e botões também cópia de parte do diário escrito a duas mãos pelos meus pais onde está registado esse Grande Amor , a Rute usou-as de forma brilhante como fundo na tela.
Hoje recebi uma foto desta brilhante criação via email e apesar de ainda não a ter recebido a minha alegria é tanta que não pude de deixar da partilhar convosco.
Acredito que ao vivo ainda seja mais bonita.
Os pequenos botões vermelhos que estão no vestido pertenceram a um vestido de criança da minha mãe quando tinha 3 anos, hoje têm 70 anos.
Acedam ao Blog da Rute http://reimao.blogspot.com/, onde poderão ver foto completa da tela e o texto maravilhoso que a acompanha.
Voltarei a este assunto no dia em que a tela estiver colocada em local especial.

Obrigada Rute







O estojo de bordar da minha avó




Esta é mais uma das peças que guardo religiosamente.
Era o estojo de costura da minha avó paterna, a minha família paterna era um pouco mais endinheirada que a do lado materno e isso reflecte-se na qualidade das peças que herdei, aqui o estojo é de prata mas garanto-vos que não era para fazer vista, foi mesmo muito usado.
A tesoura há muito que deixou de cortar mas o dedal saiu do dedo da minha avó para o dedo da minha mãe, que o usou até eu "rapinar" o estojo para o colocar numa vitrina, para que ficasse em condições para as gerações futuras apreciarem.


segunda-feira, 23 de novembro de 2009

O vício continua


Isto é viciante! mas prometo que nos próximos dias não vão ter taleigos para ver, vou fazer uma pausa.

Esqueço-me sempre de colocar as medidas destas coisas e é importante, se alguém quiser um esclarecimento sobre alguma das coisas que aqui mostrei e nas quais me esqueci de mencionar as dimensões mande-me um email que lhe direi as medidas, assim que tiver oportunidade meço as peças e alterarei os post.

Desta vez cá estão elas: este 1º tem 42x30 cm o ideal para coisas maiores, como os acho rústicos tenho-os indicado para cozinha, mas podem perfeitamente servir para transportar sapatos, roupa interior ou qualquer outra coisa.
Vale 15 alinhavos.



Este é pequenino ideal para guardar folhas de "bela luisa", de cidreira ou colares e brincos.
Mede 22x25cm e vale 4 alinhavos.



Este tem um galão vintage mede 33x33cm e vale 15 alinhavos.
As borlas são castanho escuro.



Verde e preto com tecidos bem antigos mede 29x27. Vale 10 alinhavos.



E para terminar este "piquinino" com borlas verde alface mede 25x22cm e vale 5 alinhavos.

sábado, 21 de novembro de 2009

Viciada em Talegos


Percebi agora porque há tanta gente a fazer patchwork e quilting, por este mundo fora.
Conjugar tecidos é viciante.

Tenho muitos retalhos de tecido que não dão para fazer trabalhos muito grandes, fazer patchwork é uma forma criativa para os aproveitar.

Estas bolsas servem para tudo um pouco, para guardar o que se quiser.



Esta vai servir para guardar oregãos, condimento essencial em qualquer cozinha, principalmente no Algarve, sem eles o que seria da nossa salada montanheira?



Esta tem uma dimensão óptima para guardar o pão, livrando-o dos químicos dos sacos de plástico.

Todos são forrados e os tecidos são de algodão.

Entre os 10 e os 20 "alinhavos" será a quantia que terão de despender para levarem um destes taleigos à padaria.

Pôr o sapatinho à chaminé


Ainda sou do tempo em que no Natal se punha o sapatinho à chaminé, e só no dia seguinte é que íamos ver o que o "Menino Jesus " nos tinha deixado.
Os tempos são outros e poucos são os que têm chaminé, agora abundam os exaustores.
A globalização trouxe-nos outras modas, as botas feitas de tecido e decoradas não são tradição nossa mas há muito que cá chegaram, se tivermos crianças não podemos deixar de ter uma para encher de guloseimas.
Esta é para o meu "pirolito" foi feita com carinho, não vou lá pôr guloseimas para não apanhar um raspanete dos progenitores da criança, mas vontade não me falta.

quinta-feira, 19 de novembro de 2009

Renascem das cinzas....



Lembram-se de há dois post atrás, ter dito que ao tentar fazer uns blocos de patchwork rigorosos só tinha conseguido fazer asneira, e tudo ter saído torto?
Nesse dia para além de blocos tortos também consegui um "monte" de retalhinhos de tecido. A vontade que tinha, na altura, era jogar tudo fora, mas depois de uma troca de desabafos com a Margarida que me perguntou logo se não dava para aproveitar, contive-me e acabei fazendo mais dois taleigos/bolsas.



E sabem....acho que ficaram bem bonitos.

quarta-feira, 18 de novembro de 2009

Talegos


Taleigo foi uma das palavras que aprendi depois de andar de blog em blog.
Penso que o termo taleigo se usava no Centro do país, no Algarve sempre chamámos bolsas ou sacos, estes eram feitos de retalhos e forrados de pano cru ou de restos de panos das bolsas das farinhas, serviam para irmos buscar o pão às padarias e guardá-lo.



Para além de servirem para guardar o pão serviam para guardar um pouco de tudo, na época sacos de plástico não existiam , lembro-me da minha mãe guardar os oregãos que comprava na feira dentro de uma destas bolsas.


Vivemos numa época em que reutilizar é super importante, se há pouco tempo os sacos de plástico eram oferecidos e muitas vezes jogados imediatamente fora, hoje temos a obrigação de os reutilizar ou de não os usar.

Eu adquiri uns sacos super resistentes, tenho-os no carro e uso sempre os mesmos de cada vez que vou às compras, em alternativa às dezenas que trazia para casa. Só para o lixo é que continuo a usar sacos de plástico, mesmo assim todos os dias vai para a reciclagem imenso plástico das embalagens.



Tenho-me tornado uma viciada em ver e rever blogs, há trabalhos fantásticos, estes taleigos têm aparecido com frequência para além de se reutilizarem também nos fazem lembrar tempos antigos que não queremos esquecer.

Além disso são uma excelente ideia para aproveitarmos os retalhos de tecido que nos sobram de outras criações.



Para quem não costurava nada como eu, fazer um saco destes é uma imensa vitória, pois se fazer um saco normal já é fantástico fazê-lo em patchwork é super Fantástico.
Tenho encontrado trabalhos de patchwork e quilting que são autênticas obras de arte, não tenho o menor conhecimento sobre essas técnicas, mas penso que os meus taleigos ficaram super engraçados.

O maior será para o pão os mais pequenos acho que vou encher com especiarias e ervas e irão servir para presentear alguém no Natal.
No fundo são sacos, servem para tudo um pouco.



Para aperfeiçoar a técnica vou fazer mais uns quantos, se alguém estiver interessado nos meus taleigos já sabe, basta um email e ele fará as suas delícias na cozinha ou noutro sitio qualquer.

terça-feira, 17 de novembro de 2009

Tecidos???


Arranjar tecidos de algodão com cores e padrões bonitos em Faro não é fácil, as retrosarias há muito que fecharam as poucas que existem quase nada têm.

Na net há "montanhas" de lojas a venderem tecidos, eu própria já comprei na Retrosaria da Rosa Pomar contudo, continuo a defender que se não vamos às lojas insistir na procura é evidente que os comerciantes não compram.

Há dias as minhas vizinhas do Blog " Pano para Mangas" mostraram uns tecidos muito bonitos que tinham cá comprado numa loja dedicada às Artes.

Fui lá espreitar, de tecidos pouca coisa, em princípio para os próximos dias haverá mais, os únicos que tinham eram exactamente os mesmos que a M. tinha comprado contudo, eram vendidos entretelados e às folhas, estranha forma de vender tecidos, segundo o vendedor estão preparados para as artes aplicadas.Acabei comprando os únicos que lá havia.



A entretela que está aplicada nos tecidos é muitíssimo grossa mas mesmo assim ainda arrisquei a coser na máquina, tarefa que se tornou nas " passas do Algarve", coser este tecido é muito pior que coser jeans.



Entre muitos metros de linha partidos lá consegui coser o que à partida seria uma bolsa.

Aspecto de bolsa ela tem, mas o pesponto ficou muito irregular dada a dificuldade de coser, depois parece papel grosso revestido a tecido , enfim! vai servir para guardar um livro dentro, pois não me parece que tenha grande aspecto para servir de bolsa de mão.


Não me dei por vencida e como acho que o tecido é bastante bonito, resolvi descolar a entretela. Com bastante cuidado consegui ter um pouco de tecido bem mais fácil de costurar e que irá servir para os novos projectos.

domingo, 15 de novembro de 2009

Memórias de infância

Sempre tive paixão por objectos com história e quando esses objectos fazem parte da minha história a sua preservação impõem-se.

Há tempos mostrei-vos objectos de escrita, hoje trago-vos algumas peças que fazem parte das minhas lembranças de criança.



Esta é a peça mais antiga.



Esta a mais recente, será que alguém as reconhece e conhece a sua função?



Estes objectos pertenceram à minha avó e posteriormente à minha mãe. Com eles a minha avó contribuiu para o orçamento familiar.



Com esta foto será mais fácil perceberem do que estou a falar.




Estes, eram os objectos que a minha avó usava para apanhar as malhas nas meias de vidro.

As meias de vidro foram apresentadas pela 1ª vez na Feira Mundial de Nova Iorque a 27 de Outubro de 1938, até então as Senhoras usavam meias de lã, algodão e seda estas últimas muitíssimo caras, a nova fibra sintética o nylon veio revolucionar esta peça de vestuário, as meias eram muito mais baratas mais finas.

Apesar de serem muito mais baratas que as de seda estas ainda não estavam acessíveis a todas, além disso durante a Segunda Guerra Mundial a utilização do nylon nos pára-quedas, nas tendas e nos fatos quase fez parar a produção das meias , estas tornaram-se num bem escasso e impunha-se o arranjo e a recuperação das mesmas.

Qualquer unha ou prego de sapato era o suficiente para fazer correr uma malha na meia e esta tornava-se inestética.


Surgiu então uma nova profissão as Apanhadeiras de Malhas de Meia.

Lembro-me muito bem de ver a minha avó e mãe a apanharem as malhas nas meias. A meia era enfiada no copo e esticada a barbela da agulha num movimento de vai vem tecia novamente a fibra , no final da malha apanhada, rematava-se com um fio do mesmo ton.



A estas agulhas podia adicionar-se um motor eléctrico que facilitava a apanha das malhas, na minha casa nunca houve esse motor, era caro e nunca houve hipótese de adquiri-lo.

Graças a esta profissão a minha avó podia estar em casa, cuidar dos três filhos e conhecer meia cidade. Muitas eram as Senhoras que se dirigiam a sua casa para ela lhes restaurar as meias.Apesar de ter tido pouca instrução era uma pessoa culta e informada, lia bastante e era perfeita no trato e na linguagem daí que as Senhoras fossem elas mesmas à sua presença para aproveitar dois dedos de conversa, enquanto as meias eram recuperadas ao invés de mandarem as empregadas.
Fez grandes amizades e clientela nunca lhe faltou.

Hoje seria impensável alguém ter esta profissão, o custo das meias não justifica o arranjo e duvid0 que ainda haja muita gente que o saiba fazer. A minha tia Teresa sabe e tem o material necessário, mas não o faz, devia pedir-lhe que me ensinasse era giro saber fazê-lo.

sábado, 14 de novembro de 2009

Mais uma fornada de Jovévinhas

Mais uma "fornada" de Jovévinhas prontas para partirem.

As duas primeiras são para bebés, desta vez optei por babygrows de gola alta. Foi difícil cosê-los de tão "piquininos" que são.



Não me alonguei muito nos pormenores mas não resisti aos corações nas mangas.



Agora vejam lá se conseguem ver a diferença entre estas fotos!!!!






Quando tenho várias tshirts para bordar faço uma linha de montagem.

1º talho e bordo as caras.

2º corto os vestidos ( o tecido depois de lavado passado a ferro é entretelado), pés e chapéus.

3º escolho acessórios, botões etc.

4º alinhavo os vestidos.

5ºcoso à máquina.

6ºbordo as caras.

7º bordo pernas e braços.

9º bordo os cabelos.

10º faço etiquetas com refª.

11º Fotografo

12º Finalmente... embrulho.

Neste caso cheguei ao fim saltando o passo nº 9º , embrulhei-as e só mais tarde verifiquei que não tinha bordado os cabelos.

Acontece....

A Sra. que se segue é para a "minina" que divulgou as Jovévinhas nas bandas de Lagos, será que a mãe da menina a vem buscar?



Como em Lagos faz muito vento e frio, esta tem vestido de feltro, luvas, chapéu, cachecol e botas altas.Tenho medo que a rapariga se constipe.



Mais um coração na gola.



E uma flor.



E para quem será esta?
Uma pista.... é igual a uma outra que já fiz. Será que a dona a vai reconhecer?
Fico à espera do comentário.

sexta-feira, 13 de novembro de 2009

Sexta feira 13


Hoje é Sexta Feira 13 segundo uns, dia das bruxas segundo outros dia de sorte.

O meu dia começou azarado, parti um dente e depois da ida ao dentista para fazer o concerto tive a alegre surpresa de saber que, ou faço 4 coroas ou não saio da cadeira do dentista, pois estes dentes estão uma ............. e vão estar sempre a partir-se. O orçamento é de fugir, portanto pessoal tenho que fazer e vender muita costura se querem um sorriso brilhante, he!he!

Mas como não acredito em bruxas deixo-vos umas flores para alegrar a vista.

Viajar com Estilo


Como considero estes conjuntos super simpáticos para levar quando se viaja, resolvi fazer mais um, aproveitando este gorgorão que me foi oferecido pela I. .

Este conjunto tem três peças: 1 necessaire; um porta lenços ou pensinhos; e um porta jóias ( também dá para roupa interior).



O necessaire tem 26cm/20cm.


O porta jóias tem 4 divisões como referi tanto dá para as bijutarias como para 4 peças de roupa interior e levar na mala de mão quando se viaja de avião, ficando prevenida para quando a bagagem se perde. O porta lenços dá para lenços de papel ou pensinhos higiénicos.

quarta-feira, 11 de novembro de 2009

Necessaires


A colocação de fechos era umas das coisas que queria muito saber fazer. Há dias fiz o necessaire para a Margarida e não me saí mal, contudo voltei a aplicar um outro e já não correu tão bem, fiquei irritadíssima, ontem enchi-me de coragem e levei todo o dia a aplicar fechos em necessaires para que nunca mais me esquecesse de como se faz.

Resolvi fazer uns conjuntos para servirem de presente para o Natal que se aproxima.
Ao pequeno necessaire de fecho resolvi juntar um porta lenços.



Estes necessaires podem ser usados nas malas de mão com a escova o blush o batõn etc. pois não são muito grandes , pelo menos essa tralha que muitas de nós costuma trazer na mala, não andará à solta.



Os porta lenços podem ser usados como este que é um porta "pensinho higiénico".



Tenho estes todos disponíveis, se alguém estiver interessado basta mandar-me um email.


Todos eles são forrados e irão dentro de um saco de celofane com etiqueta personalizada.




Claro que fiz um porta lenço também para a Margarida. Gostas?