sábado, 2 de maio de 2009

Colares


A joalharia sempre atraiu o universo feminino e eu não sou excepção.

Desde miúda que me lembro de os fazer.Os primeiros, foram feitos com massa estrelinha e argolinhas, pintadas com anilina e enfiadas em fio de pesca. Eram multicolores, e faziam as nossas delicias de criança.

Mais tarde, já na adolescência, os de missangas e sementes africanas, trazidas pelos portugueses das ex-colónias.

Nas férias de verão na Quinta dos Alqueives, as duas horas que se seguiam ao almoço eram as horas do silêncio, em que os rapazes por serem mais novinhos dormiam a sexta, os pais da Isabel e da Teresa descansavam, e nós já mocinhas crescidas com 13 e 14 anos, ocupávamos as tardes a fazer bonequinhas de alfazema, carteiras de carneira e pendentes para colares.

Esses pendentes eram em cobre esmaltados.
Se me lembro bem, tínhamos que recortar a folha de cobre, aplicar um ácido para a superfície ficar limpa, depois eram colocados os pigmentos e eram cozidos numa Mufla a vários graus.
Era um processo moroso, e os materiais eram muito caros.

Depois era convencer o pai da Isabel, a levar-nos uma noite, a Armação de Pêra para vender os artigos saídos dessas tardes de verão.



Sempre tive missangas e pedras em casa para fazer brincos e colares, mas há dois anos voltei a ser contagiada pela moda de fazê-los. Fiz dezenas deles, tenho muitos e ofereci bastantes.
Hoje resolvi mostrar alguns , porque....

O colar das fotos acima, tem peças de origens várias. As argolas são feitas com arame de aço, tem cristais da Boémia, trazidos pela minha mãe, da República Checa, e peças metálicas compradas nas lojas destes artigos. Está aplicado numa gargantilha de vários fios de prata entrançados.
Já o usei algumas vezes por cima de um vestido preto.
Acho que é quase uma peça de ourivesaria.

As fotos, estão duplicadas, eu explico porquê: apesar de viver rodeada por fotógrafos e alguns profissionais, não tenho conseguido bons resultados nas fotos que tenho tirado, se repararem elas são diferentes, uma é com flash outra sem.



Este é feito com peças de madeira pintadas e peças metálicas.

Tentei fotografar ao sol e só consegui um monte de sombras, segundo o V., devia fotografar numa sala branca com muita luz.
Não Tenho

Portanto, isto foi o melhor que consegui hoje. Não vou desistir um dia chegarei lá.




Este tem uma história curiosa, comprei dois colares numa loja muito conhecida para desmanchar e fazer este.



É muito frustrante quando não se consegue um bom resultado nas fotos. Todo este este latim é porque resolvi juntar os trapos aos metais e fazer colares.
Foi uma experiência gira e tem uma certa inspiração Inca, o pessoal cá de casa gostou bastante, só que as fotos não lhes dão o devido valor.

Que acham? gostam?




Se virem ao pormenor parecem estar mal cosidos e toscos, mas foi de propósito.




Também posso dizer que deram "bué" de trabalho a fazer.



Acho que estão muito engraçados e estão destinados a mulheres arrojadas.

Quero fazer outro, noutros tons, para alguém que conheço e que tenho a certeza absoluta que vai gostar destes modelos.

Se ampliarem as imagens (clicar em cima delas) dá para visualizar melhor.

2 comentários:

  1. Adoro todos!!! Todos Todos!!! :)

    Raquel Luis

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  2. já sabes que colares é comigo!!!Adoro os arrojados, mas não são muito o meu estilo.
    Estás uma designer de estalo!!!
    (Vou mandar-te um e-mail com umasdicas)
    Nazaré

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