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( Arnhem) |
Como lhes prometi, cá estão algumas fotos e comentários à viagem " Verão 2009". Não serão as melhores fotos nem as mais representativas de cada sítio, mas foi a minha escolha e acreditem que não foi fácil. Tirámos centenas de fotos. Vê-las, escolhê-las e editá-las não foi tarefa fácil e não tenho tido muito tempo. As 1ªs foram escolhidas aleatoriamente e servem para ilustrar esta introdução.
(
Bruxelas)
Vão buscar uma bebida fresca, sentem-se confortavelmente e preparem-se para uma "estopada". Como sabem, o poder de síntese não é meu apanágio.

(
Luxemburgo)
Quem ficar curioso e quiser ver as outras, apareça.

( Holanda )
Viajar é óptimo e apetece-me partir novamente...

(
Luxemburgo )
Foram 7000Km , 7 países, várias cidades e aldeias, e também algumas peripécias.

(
Antuérpia)
Gostamos de viajar de carro.
Poder parar onde e quando nos apetece, sem horários e compromissos, é fantástico.
É bom descobrir o que está para lá dos roteiros turísticos, sentir os cheiros , provar as diferentes iguarias e ver como vivem as gentes.

(
Antuérpia)
Esta e outras viagens que temos feito, têm servido para constatar que não estamos tão atrasados como apregoamos. Não somos tão diferentes, nem estamos pior que os restantes países europeus.

(
Bruxelas- Gare Central - Horta )
Penso que se refilássemos menos, trabalhássemos mais e tivéssemos mais organização, atingiríamos o patamar dos maiores.

(
Antuérpia- Gare Central )
Entre exemplos fantásticos de organização, arquitectura, urbanismo, de saber receber e saber cuidar, também vi lixo no chão, prédios sujos, ruínas, WC's mal cheirosos, problemas de urbanismo, má arquitectura, carros mal estacionados, engarrafamentos de trânsito, etc.
É provável que volte ao tema "Viagem verão 2009", quem sabe.
Vamos viajar!

(
Catedral de Burgos)
A 1ª paragem foi em
Burgos, para pernoitar e descansar depois de mais de 700km de estrada.
O Hotel "
Maison del Cid", mesmo defronte da Catedral, serviu-nos mais uma vez de tecto. É muito simpático e fica estrategicamente colocado no centro histórico da cidade. A morcela fez sempre parte da ementa quando por cá passamos.

(
Ópera de Paris)
A 2ª paragem foi na cidade da
Luz. Aqui o hotel tem várias estrelas, estacionamento privado,
transfer até ao metro, refeições preparadas com muito amor e carinho especialmente para nós, um jardim fantástico numa zona super tranquila e tudo isto na companhia da Jacqueline e do Michael.
Estava muito calor, mas isso não nos impediu de revisitar a
Ópera, a
Madeleine, a
Place Vandôme e lanchar no
Louvre. Aqui experimentámos as novas casas de banho, onde por
1€ temos direito a usar a sanita devidamente desinfectada por um funcionário vestido a rigor (todo de preto)
artilhado de luvas e desinfectante . Na ante-câmara das ditas, enquanto aguardamos a nossa vez, podemos encher-nos de orgulho quando constatamos que o Pantone, formado por rolos de papel higiénico, é
da nossa lusa RENOVA.

Aqui também podemos encontrar uma parafernália de artigos de design para decorar esta tão nobre divisão das nossas casas tantas vezes descurada: papel higiénico de todas as cores e com os mais diversos motivos.
Depois de aliviados, fomos olhar o
Sena, os
Campos Elísios e visitar o
Petit Palais.

(
Petit Palais)
Para terminar a curta viagem pela cidade Luz terminámos o dia nas
Galerias Lafayette.

(
Bruges)
Bruges é uma cidade onde não há espaço para dietas. O cheiro a chocolate paira no ar, as chocolaterias preseguem-nos, as célebres batatas fritas belgas e a cerveja estão em todas as esquinas. Resisti a estas últimas, mas às trufas não consegui.
Enquanto as flores acompanham os canais, as lojas de artigos de madeira pintados à mão e as caixas de música transportam-nos à infância.

Os dourados dos edifícios da praça central quase que nos encandeiam e tudo isto faz de Bruges uma cidade cheia de charme.

(
Ostende)
Não estava no roteiro inicial, mas como estava ali tão perto resolvemos e dar uma olhadela ao
Mar do Norte. Estava muito vento e ameaçava chuva.

(
Mar do Norte)

(
Gant)
Seguindo a recomendação da Mena B. visitámos
Gant, uma agradável surpresa. Gant é uma cidade com um núcleo histórico enorme e com a maior área pedonal da Europa. Edifícios imponentes, um castelo saído de um conto de fadas, casas cheias de história, canais, flores, lojas fantásticas, museus e esplanadas completam um quadro que mostra a
Flandres em todo o seu esplendor.

(
Bruxelas)
Bruxelas também foi uma agradável surpresa, uma cidade onde a arquitectura é fantástica e numa escala surpreendente. Os locais são afáveis e sabem receber, fazem questão de mostrar que sabem onde fica Portugal e conhecem algumas palavras na nossa língua.
Não basta ver o
Atomium em fotos, é necessário estar lá para perceber a escala... É enorme e lindo.

(
Palácio da Justiça)
O
Palácio da Justiça Belga é o
maior edifício da Europa,ainda maior que a
Basílica de S. Pedro em
Roma , é um edifício fantástico do estilo revivalista neoclássico. Não admira que o arquitecto que o concebeu tenha morrido louco antes de ver concluída a sua obra.

( são tão grandes que dá para fazer escalada)
Não é o único edifício imponente da cidade, aliás, eles estão por todo o lado. Com as riquezas trazidas do
Congo, o
rei Leopoldo II mandou construir uma cidade imensa de edifícios megalómanos.
Aqui visitei o novíssimo
Museu Magritte, aberto há menos de um mês onde podemos ver uma grande parte da obra desconhecida deste pintor, muito famoso pelos seus homens de chapéu de coco e chapéus de chuva.
Um museu muito bem concebido onde arte e multimédia conjugam-se na perfeição.
"Será que aquilo era um Museu?"
Foi Também em
Bruxelas que pude ver pela 1ª vez prostitutas em montras, como no " Red Light" de Amesterdão.
A famosa
Praça de Bruxelas é muito bonita mas está a precisar de um restauro urgente. Alguns dos edifícios já estão limpos mas a maioria está negra e os dourados apagados. Contudo, a Torre e o seu cata-vento de 5m de altura são majestosos.
Estar em
Bruxelas e não comer mexilhões é um crime... Estavam excelentes e foram abertos ao natural com talos de aipo, o que lhes conferia um toque exótico.
O
Manneken Pis mereceu duas visitas, isto porque um dos dias em que uma das
corporações o veste coincidiu com a nossa estadia. Assim, pude vê-lo "demplão" e todo vestidinho de fato e gravata, mais uma fatiota para encher o seu museu que já conta com mais de 600 fatos.
Claro aqui também não resisti a comer um
Waffle coberto de morangos e chocolate, ups!!
A
Casa Museu Horta tinha que ser visitada ou não fosse eu uma fã da
Arte Nova. Gostei, mas prefiro as do
Gáudi, em especial a casa
Batló e o
Palácio Guell ( não confundir com o parque do mesmo nome, são coisas muito diferentes).
Para quem pensa visitar a cidade aconselho o restaurante panorâmico do
Museu da Música, que fica num edifício
Arte Nova. Serve bem, não é caro e pode ver-se toda a cidade de Bruxelas.
Para quem estuda ou gosta de arquitectura, em especial
Arte Déco e Arte Nova, não esquecer a
Gare Central de Bruxelas (outra criação de
Horta), mas façam-no pela entrada que faz a ligação da
Praça Central à Gare, é uma zona quase desconhecida dos turistas mas que mostra bem a contemporaneidade deste edifício.

(
Antuérpia)
Antuérpia é uma cidade com duas zonas bem distintas, foi esta a sensação que tivemos. Tem centro histórico muito bonito com lojas fantásticas, em especial uma livraria cujo edifício tinha sido uma igreja e que no 1º andar tinha uma imensa colecção de vinis.

Claro está que não resistimos a comprar alguns ao T.. Na outra zona de Antuérpia desenvolve-se o negócio dos diamantes.
A Estação Central, onde foi filmado um dos emails mais giros que recebi até hoje, é lindíssima e nesta zona as ourivesarias alternam com os bares de comida rápida.
Visitámos o
Museu do diamante onde pudemos ver joalharia contemporânea muito interessante. Ainda me insinuei junto das ourivesarias mas não tive sorte...
(museu marítimo de Antuérpia )

Uma imagem que esperava ter visto mais vezes: os típicos moinhos holandeses. Vi muito poucos, contudo vi imensos aerogeradores.
Verde, água e flores é para mim o
Paraíso. A
Holanda tem tudo isso, embora esta não seja a época das tulipas. Um dia voltarei só para as apreciar.
Ver barcos à vela no meio dos canais convivendo com as vacas que pastam nos prados sem fim, é uma paisagem à qual definitivamente não estou habituada. É lindo! As casas com telhados quase até ao chão são fantásticas.
Estranho, e bem diferente, é ver barcos e aviões a passarem por cima de nós na autoestrada. Isto acontece nos arredores de Amesterdão.

(
Roterdão)
Uma cidade portuária onde a arquitectura contemporânea está em força.

(
Haarlem)
Haarlem, acolheu-nos na nossa estadia na Holanda. Sem esperar, fomos apanhados pela
Gay parade de
Amesterdão, os hotéis estavam esgotados e ainda fomos a
Alkmaar mas também aqui os hotéis estavam esgotados. Por falta de opção e com alguma sorte, dirigi- mo-nos a
Haarlem e ficámos no último quarto disponível do hotel.
Alkmaar é uma cidade pequenina mas cheia de canais lindíssimos e óptimos para descansar.
Haarlem é uma cidade
satélite que fica a pouquíssimos quilómetros de
Amesterdão (não sei se estou a ser injusta mas foi o que me pareceu) e que apresenta um e interessante núcleo histórico.
(Amesterdão)
Que dizer de
Amesterdão sem estar "a chover no molhado"?
É uma cidade lindíssima onde as casas se debruçam sobre os canais, as bicicletas são aos milhares e as gentes não têm complexos. Enfim, é uma cidade eternamente jovem e onde tudo é possível.
A nossa entrada em
Amesterdão foi memorável. Bem fomos avisados que
Amesterdão e carros não liga, mas se em
Veneza ficámos com o carro no parque do hotel e o quarto tinha vista para o Grande Canal, não era agora que íamos de transporte público. Ainda por cima armados da invencível máquina que é o GPS... Assim foi, programámos o dito com a morada de um hotel e lá fomos nós.
Esta cidade é movimentada e tem montanhas de gente nas ruas!
Olha que giro entrámos p'lo bairro gay!
Olha os canais estão cheios de barcos com malta!
Eina pá, não se vê a água do canal e é só barcos cheios de malta vestidos de côr-de-rosa, cheios de plumas e de roupas coloridas...
Ups! E agora onde está a estrada? Onde está o canal? Isto é um mar de gente...
"Hei you ! this is the wrong way!"
Bem! Vais em contra mão! Fantástico!! E agora?
Marcha à ré no meio da multidão.
Filma! Filma! (dizia o V.)
De repente vemos um fulano de máquina em riste a andar na nossa direcção apontando para a matrícula do carro e a perguntar : "São portugueses de verdade? São portugueses de verdade? Posso fotografar?"
Em suma, para trás era difícil. As ruas eram super-estreitas e estavam cheias de gente. Não nos restou outra alternativa senão atravessar uma das pontes que corta o canal onde decorria a Gay Parade.
Claro que fomos alvo de chacota por estarmos de carro e ainda por cima de GPS. A nossa sorte foi um dos intervenientes da festa que, armado de apito, resolveu soltar o fôlego e colocar-se à frente do carro apitando e afastando o pessoal. Não impediu que ainda tenhamos feito uns metros com o carro cheio de malta deitada e sentada em cima do capôt.
Uma aventura! Tivemos direito a autocolantes no carro e passageiros a bordo, mas tudo muito bem disposto e nada de violência ou insultos. Assim que conseguimos ver um palmo de rua fugimos a sete pés.
Não pensem que o incidente nos afastou de voltar a visitar a cidade de carro, nada disso! No dia seguinte lá estávamos novamente de carro. Desta vez estacionámos a máquina num dos parques subterrâneos e, coincidência das coincidências, a saída para o exterior dava mesmo para o palco da festa Gay. Lá estávamos nós novamente no meio da festa.
Foi fixe e divertido. Grande vivência!
Bem para além das ruas e canais, visitámos o Museu Van Gogh. Aqui peço desculpa aos puristas, mas não gostei. Esperava mais e melhores obras do artista. Sei que tive a sorte de ter visto a maior exposição de Van Gogh jamais realizada, da última vez que tive em Madrid, e daí que tenha achado fraco o espólio do Museu. Valeu pela exposição temporária que lá estava.
Quando estamos de carro, sem compromissos marcados e horários a cumprir, podemos alterar o trajecto pré-destinado. Assim foi, ao olhar o mapa da Holanda vimos que no norte do país havia um dique enorme que liga
Wieringen a
Waddenzee, com uma extensão de 32Km e 90m de largura .
Afsluitdijk traduz-se como "dique de fecho" e fecha o Ijsselmeer separando-o do mar de Wadden.

(
Colónia)
Colónia foi escolhida pela sua Catedral. Entrámos na cidade atravessando o
Reno e tivemos uma vista panorâmica da cidade. À direita o centro histórico à esquerda arquitectura contemporânea.
Colónia é uma cidade em ebulição, nas ruas os turistas e os residentes cruzam-se numa grande correria. Decorriam manifestações, mas como não domino a língua alemã, ficámos sem saber o que reivindicavam.
A
Catedral é imponente, mas a poluição transformou-a num monstro negro.
Chegar ao hotel de carro foi mais complicado que andar em Amesterdão. As obras proliferam como cogumelos e como o parque para o carro ficava longe, anulámos a reserva e saímos rumo ao
Luxemburgo.
Numa paragem para abastecer o carro de gasóleo e tomar um café, surpreendi o V. ao pedir um copo de água num perfeito alemão. A proeza valeu-me um: "Com esta já me lixaste!", afinal ainda não esqueci tudo o que há 30 anos a escola me deu.

(
Luxemburgo)
Aqui sim a surpresa foi total, sempre que se fala deste país é para referir que os portugueses são quase tantos como os naturais. Nunca se ouvem referências a um país lindo cuja capital deslumbra quem por lá passa.
Chamaram-lhe a
Gibraltar do Norte. A parte antiga da cidade do
Luxemburgo tem um vale profundo com uma vegetação exuberante, os jardins são cuidados e desenhados com flores de cores fortes.
A
Catedral, cujos pináculos podíamos observar do quarto do Hotel, a
Praça Central onde ainda se fazem mercados, o
Palácio do Grão Ducado, a sede do
Banco do Luxemburgo a
Estação Central e muitos, muitos outros edifícios antigos e bem conservados, documentam que esta foi e é uma cidade rica e com história.
Contudo Luxemburgo não parou no tempo e é uma das cidades sede da
União Europeia. Tem uma zona onde se instalaram os edifícios de diversos organismos europeus, bancos, centros culturais e desportivos, zonas habitacionais e comerciais onde o urbanismo e a arquitectura são modelos e deveriam ser visitados pelos estudantes destes cursos.
Aqui, os melhores arquitectos do mundo usaram e abusaram das novas tecnologias para fazer crescer uma cidade modelo onde tudo está no sítio certo, da forma correcta e onde os artistas plásticos tiveram espaço para fazerem brilhar as suas obras.

(
Estrasburgo)
Já havíamos visitado
Bruxelas,
Luxemburgo e só faltava mesmo
Estrasburgo.
Concluímos que os nossos Eurodeputados, e todo o
staff que trabalha nas Comissões e variadíssimos orgãos da União Europeia, têm uma sorte fantástica pois trabalham em cidades lindíssimas.
Aqui, comprei uma fatia de queijo formidável que pesava 1 Kg, imaginem o tamanho do dito. Comprei amoras e livros de design para presentear a R. e ainda tive a oportunidade de ver um barco transpondo uma
eclusa.
Também aqui o centro histórico é magnifico, as casas com as estrutura de madeira à vista fizeram as minhas delícias.

(
Basel- Basileia)
Quando tracei o percurso desta viagem decidi que visitaria
Friburgo, pois em tempos tinha lido qualquer coisa a seu respeito e tinha ficado com curiosidade. Olhei à pressa para o mapa e localizei-a no sul da
Alemanha, óptimo! Como queria ir espreitar os lagos Suíços, Fiburgo ficava de caminho.
À medida que nos aproximamos do destino é que vamos escolhendo as estradas e os sítios por onde queremos passar. Normalmente é na noite anterior à partida que olhamos o mapa. Desta vez ficámos um pouco baralhados, em primeiro lugar porque havia dois
Freibourg: um na
Alemanha e outro na
Suíça. E agora, qual deles era? Não tínhamos net no hotel pois estávamos no 5º piso e o sinal não chegava. O cabo fornecido na recepção não funcionava, já estávamos em traje de noite não nos apetecia voltar a vestir e descer para pesquisar. A solução foi ligar para casa e pedir uma consulta rápida aos moços.
A R. pesquisou e disse-nos: "É na
Suíça." A
Suíça é linda de uma ponta à outra e
Friburgo é o
Toledo da
Suíça, curiosa esta comparação feita pela R.
Estava decidido, só faltava escolher a fronteira por onde entrar.
Basel era a melhor opção. Nunca tinha ouvido referências a
Basel, como se pronunciava isto em inglês, alemão ou francês. A dúvida persistiu demasiado tempo até que se fez luz nestas cabecinhas e descobrimos que afinal tratava-se de
Basileia.
Na fronteira não tivemos qualquer tipo de controlo no que respeita a documentação. Bastou pagar €30 para recebermos o selo que nos permitia andar nas autoestradas Suíças e constatar que a criação do Euro é uma grande mais-valia pois recebemos de troco 2 francos suíços.
Pela 1ª e única vez estávamos com uma moeda diferente e percebemos que tínhamos que ir ao banco se quiséssemos comprar alguma coisa.
Afinal não foi bem assim. Os Suíços aceitam Euros e acabámos por levantar francos somente para pagar o comboio turístico.

(
Friburgo-Suíça)
Friburgo é uma cidade fantástica. As casas estão penduradas nas escarpas e os desníveis da cidade são enormes.
Aqui nada é plano e as pernas agradeceram a opção de visitar a cidade em comboio turístico.
Nas fachadas dos bares e restaurantes podemos observar os famosos letreiros trabalhados em ferro rendilhado, alguns apresentavam uma folha de ouro e quase pareciam brasões. São lindos.
Os lagos Suíços são fantásticos o primeiro que vimos era pequenino comparado com o imenso lago que é
Le Mans. Contudo, foi o que mais gostei. Era um paraíso, as encostas das montanhas que o rodeavam estavam cheias de casas lindíssimas com telhados que chegavam quase até ao chão e flores a contornar as janelas. O verde da vegetação era interrompido pelas manchas brancas das vacas e ovelhas cujo som dos chocalhos nos transportava ao
Éden.
No centro do lago, que estava cheio de pequenos barco à vela, uma ilhota com uma igrejinha e pequenas casas formavam a cereja no topo do bolo.
Adorei.
Almoçámos nas margens do "brutal"
Lago Le Mans e foi aqui que fotografei a escultura mais original que vi até hoje.
Não faço a mais pequena ideia do que o artista queria transmitir ao colocar um
gigantesco garfo na margem deste lago mas é enorme e muito engraçado.

(
Lausanne)
A autoestrada que nos levava à fronteira com
França passava por
Lausanne e
Genéve e, claro está, que não resistimos a entrar e dar uma espreitadela.
A foto de cima é em
Lausanne e mostra-nos uma instalação de canteiros de flores num parque de estacionamento. Sem dúvida muito mais interessantes do que as máquinas.

(
Genéve)
Entra-se em
Genéve e percebe-se onde está o dinheiro dos
magnatas do Mundo. Foi aqui que vi as maiores "
bombas", mas também foi aqui que estivemos mais tempo presos no trânsito, daí termos fugido rapidamente da confusão e ter optado por observar a cidade de cima.
De teleférico subimos acima dos
1000m e aí, sem filas de trânsito e numa calma imensa, observámos a cidade, o
Lago Le Mans e os arredores.
(
Orange)
Depois de termos pernoitado em
Valance, no meio dos Alpes franceses, fizemos-nos à estrada rumo a
Barcelona. Parámos em
Orange, uma cidade que numa outra viagem já nos tinha acolhido. Aqui o cheiro da alfazema e dos sabões da
Provença sente-se no ar e o trinar das cigarras faz-se ouvir.
Para quem gosta da
Civilização Romana, tem aqui oportunidade de ver um magnífico teatro romano.
Depois de duas semanas de viagem com um tempo fantástico e quente, onde a chuva raramente se manifestou, a chegada a
Barcelona prometia. Nada a que não estejamos já habituados. Cada vez que andamos por estas paragens o
S. Pedro oferece-nos uma valente borrasca.

(
Barcelona)
Barcelona é uma cidade
FANTÁSTICA, podemos lá ir todos os dias que ela tem sempre algo que nos surpreende. Aqui os autarcas não limitam a criatividade dos arquitectos e desde as fantásticas criações do genial
Gaudi que a cidade não pára de crescer e de nos mostrar bons exemplos de arquitectura.
É sempre bom voltar e voltarei sempre que puder, tenho a certeza que esta cidade não me cansa.
(
Valência)
Para terminar o nosso périplo, demos um salto a
Valência para ver
, in loco, as criações do
Calatrava na
Cidade das Artes e das Ciências.
Aqui a desilusão tomou conta de nós.
Os edifícios têm formas inusitadas transpondo-nos ao fundo dos mares. Na sua maioria são edifícios bonitos e de complexa composição, contudo, apesar de não estarem todos concluídos, já se nota alguma degradação. No branco dos alçados já se vêm vestígios de fungos provocados pelo escorrimento das águas pluviais e será muito difícil mantê-los em condições.
Para além disso, acho que lhes falta espaço para respirarem e convivem paredes meias com bairros degradados.
Sou capaz de estar a ser injusta, mas tenho visto fotos fantásticas da zona e esperava bastante mais, esperava encontrar uma zona ultra-moderna. No entanto, penso que este é um projecto que está a ser concretizado e que levará ainda algum tempo para estar concluído. Apesar de tudo, merecerá com certeza uma visita mais atenta.
Depois de sair-mos de
Valencia rumámos a casa, mas ainda tivemos força para ir beber uns copos a Pedras de EL' Rei e ouvir o nosso amigo
Domingos e a sua banda de bares.
Foi BOM!