terça-feira, 25 de agosto de 2009

Viagem "verão 2009"

( Arnhem)
Como lhes prometi, cá estão algumas fotos e comentários à viagem " Verão 2009". Não serão as melhores fotos nem as mais representativas de cada sítio, mas foi a minha escolha e acreditem que não foi fácil. Tirámos centenas de fotos. Vê-las, escolhê-las e editá-las não foi tarefa fácil e não tenho tido muito tempo. As 1ªs foram escolhidas aleatoriamente e servem para ilustrar esta introdução.

                       (Bruxelas)

Vão buscar uma bebida fresca, sentem-se confortavelmente e preparem-se para uma "estopada". Como sabem, o poder de síntese não é meu apanágio.


(Luxemburgo)


Quem ficar curioso e quiser ver as outras, apareça.


( Holanda )

Viajar é óptimo e apetece-me partir novamente...


( Luxemburgo )

Foram 7000Km , 7 países, várias cidades e aldeias, e também algumas peripécias.


( Antuérpia)

Gostamos de viajar de carro.
Poder parar onde e quando nos apetece, sem horários e compromissos, é fantástico.
É bom descobrir o que está para lá dos roteiros turísticos, sentir os cheiros , provar as diferentes iguarias e ver como vivem as gentes.


(Antuérpia)

Esta e outras viagens que temos feito, têm servido para constatar que não estamos tão atrasados como apregoamos. Não somos tão diferentes, nem estamos pior que os restantes países europeus.


(Bruxelas- Gare Central - Horta )

Penso que se refilássemos menos, trabalhássemos mais e tivéssemos mais organização, atingiríamos o patamar dos maiores.


                       ( Antuérpia- Gare Central )

Entre exemplos fantásticos de organização, arquitectura, urbanismo, de saber receber e saber cuidar, também vi lixo no chão, prédios sujos, ruínas, WC's mal cheirosos, problemas de urbanismo, má arquitectura, carros mal estacionados, engarrafamentos de trânsito, etc.

É provável que volte ao tema "Viagem verão 2009", quem sabe.

Vamos viajar!



                      (Catedral de Burgos)


A 1ª paragem foi em Burgos, para pernoitar e descansar depois de mais de 700km de estrada.

O Hotel " Maison del Cid", mesmo defronte da Catedral, serviu-nos mais uma vez de tecto. É muito simpático e fica estrategicamente colocado no centro histórico da cidade. A morcela fez sempre parte da ementa quando por cá passamos.


  (Ópera de Paris)

A 2ª paragem foi na cidade da Luz. Aqui o hotel tem várias estrelas, estacionamento privado, transfer até ao metro, refeições preparadas com muito amor e carinho especialmente para nós, um jardim fantástico numa zona super tranquila e tudo isto na companhia da Jacqueline e do Michael.

Estava muito calor, mas isso não nos impediu de revisitar a Ópera, a Madeleine, a Place Vandôme e lanchar no Louvre. Aqui experimentámos as novas casas de banho, onde por 1€ temos direito a usar a sanita devidamente desinfectada por um funcionário vestido a rigor (todo de preto) artilhado de luvas e desinfectante . Na ante-câmara das ditas, enquanto aguardamos a nossa vez, podemos encher-nos de orgulho quando constatamos que o Pantone, formado por rolos de papel higiénico, é da nossa lusa RENOVA.



Aqui também podemos encontrar uma parafernália de artigos de design para decorar esta tão nobre divisão das nossas casas tantas vezes descurada: papel higiénico de todas as cores e com os mais diversos motivos.

Depois de aliviados, fomos olhar o Sena, os Campos Elísios e visitar o Petit Palais.


                      (Petit Palais)
Para terminar a curta viagem pela cidade Luz terminámos o dia nas Galerias Lafayette.


                      (Bruges)

Bruges é uma cidade onde não há espaço para dietas. O cheiro a chocolate paira no ar, as chocolaterias preseguem-nos, as célebres batatas fritas belgas e a cerveja estão em todas as esquinas. Resisti a estas últimas, mas às trufas não consegui.

Enquanto as flores acompanham os canais, as lojas de artigos de madeira pintados à mão e as caixas de música transportam-nos à infância.



Os dourados dos edifícios da praça central quase que nos encandeiam e tudo isto faz de Bruges uma cidade cheia de charme.


 (Ostende)

Não estava no roteiro inicial, mas como estava ali tão perto resolvemos e dar uma olhadela ao Mar do Norte. Estava muito vento e ameaçava chuva.


  (Mar do Norte)


  (Gant)

Seguindo a recomendação da Mena B. visitámos Gant, uma agradável surpresa. Gant é uma cidade com um núcleo histórico enorme e com a maior área pedonal da Europa. Edifícios imponentes, um castelo saído de um conto de fadas, casas cheias de história, canais, flores, lojas fantásticas, museus e esplanadas completam um quadro que mostra a Flandres em todo o seu esplendor.


  (Bruxelas)

Bruxelas também foi uma agradável surpresa, uma cidade onde a arquitectura é fantástica e numa escala surpreendente. Os locais são afáveis e sabem receber, fazem questão de mostrar que sabem onde fica Portugal e conhecem algumas palavras na nossa língua.

Não basta ver o Atomium em fotos, é necessário estar lá para perceber a escala... É enorme e lindo.


                      (Palácio da Justiça)

O Palácio da Justiça Belga é o maior edifício da Europa,ainda maior que a Basílica de S. Pedro em Roma , é um edifício fantástico do estilo revivalista neoclássico. Não admira que o arquitecto que o concebeu tenha morrido louco antes de ver concluída a sua obra.


                      ( são tão grandes que dá para fazer escalada)

Não é o único edifício imponente da cidade, aliás, eles estão por todo o lado. Com as riquezas trazidas do Congo, o rei Leopoldo II mandou construir uma cidade imensa de edifícios megalómanos.

Aqui visitei o novíssimo Museu Magritte, aberto há menos de um mês onde podemos ver uma grande parte da obra desconhecida deste pintor, muito famoso pelos seus homens de chapéu de coco e chapéus de chuva.
Um museu muito bem concebido onde arte e multimédia conjugam-se na perfeição.

"Será que aquilo era um Museu?"
Foi Também em Bruxelas que pude ver pela 1ª vez prostitutas em montras, como no " Red Light" de Amesterdão.




A famosa Praça de Bruxelas é muito bonita mas está a precisar de um restauro urgente. Alguns dos edifícios já estão limpos mas a maioria está negra e os dourados apagados. Contudo, a Torre e o seu cata-vento de 5m de altura são majestosos.

Estar em Bruxelas e não comer mexilhões é um crime... Estavam excelentes e foram abertos ao natural com talos de aipo, o que lhes conferia um toque exótico.




O Manneken Pis mereceu duas visitas, isto porque um dos dias em que uma das corporações o veste coincidiu com a nossa estadia. Assim, pude vê-lo "demplão" e todo vestidinho de fato e gravata, mais uma fatiota para encher o seu museu que já conta com mais de 600 fatos.

Claro aqui também não resisti a comer um Waffle coberto de morangos e chocolate, ups!!

A Casa Museu Horta tinha que ser visitada ou não fosse eu uma fã da Arte Nova. Gostei, mas prefiro as do Gáudi, em especial a casa Batló e o Palácio Guell ( não confundir com o parque do mesmo nome, são coisas muito diferentes).

Para quem pensa visitar a cidade aconselho o restaurante panorâmico do Museu da Música, que fica num edifício Arte Nova. Serve bem, não é caro e pode ver-se toda a cidade de Bruxelas.




Para quem estuda ou gosta de arquitectura, em especial Arte Déco e Arte Nova, não esquecer a Gare Central de Bruxelas (outra criação de Horta), mas façam-no pela entrada que faz a ligação da Praça Central à Gare, é uma zona quase desconhecida dos turistas mas que mostra bem a contemporaneidade deste edifício.



                      (Antuérpia)

Antuérpia é uma cidade com duas zonas bem distintas, foi esta a sensação que tivemos. Tem centro histórico muito bonito com lojas fantásticas, em especial uma livraria cujo edifício tinha sido uma igreja e que no 1º andar tinha uma imensa colecção de vinis.



Claro está que não resistimos a comprar alguns ao T.. Na outra zona de Antuérpia desenvolve-se o negócio dos diamantes.




A Estação Central, onde foi filmado um dos emails mais giros que recebi até hoje, é lindíssima e nesta zona as ourivesarias alternam com os bares de comida rápida.

Visitámos o Museu do diamante onde pudemos ver joalharia contemporânea muito interessante. Ainda me insinuei junto das ourivesarias mas não tive sorte...



(museu marítimo de Antuérpia )



Uma imagem que esperava ter visto mais vezes: os típicos moinhos holandeses. Vi muito poucos, contudo vi imensos aerogeradores.
Verde, água e flores é para mim o Paraíso. A Holanda tem tudo isso, embora esta não seja a época das tulipas. Um dia voltarei só para as apreciar.




Ver barcos à vela no meio dos canais convivendo com as vacas que pastam nos prados sem fim, é uma paisagem à qual definitivamente não estou habituada. É lindo! As casas com telhados quase até ao chão são fantásticas.

Estranho, e bem diferente, é ver barcos e aviões a passarem por cima de nós na autoestrada. Isto acontece nos arredores de Amesterdão.



                      (Roterdão)

Uma cidade portuária onde a arquitectura contemporânea está em força.


                      (Haarlem)

Haarlem, acolheu-nos na nossa estadia na Holanda. Sem esperar, fomos apanhados pela Gay parade de Amesterdão, os hotéis estavam esgotados e ainda fomos a Alkmaar mas também aqui os hotéis estavam esgotados. Por falta de opção e com alguma sorte, dirigi- mo-nos a Haarlem e ficámos no último quarto disponível do hotel.

Alkmaar é uma cidade pequenina mas cheia de canais lindíssimos e óptimos para descansar.

Haarlem é uma cidade satélite que fica a pouquíssimos quilómetros de Amesterdão (não sei se estou a ser injusta mas foi o que me pareceu) e que apresenta um e interessante núcleo histórico.


  (Amesterdão)

Que dizer de Amesterdão sem estar "a chover no molhado"?

É uma cidade lindíssima onde as casas se debruçam sobre os canais, as bicicletas são aos milhares e as gentes não têm complexos. Enfim, é uma cidade eternamente jovem e onde tudo é possível.

A nossa entrada em Amesterdão foi memorável. Bem fomos avisados que Amesterdão e carros não liga, mas se em Veneza ficámos com o carro no parque do hotel e o quarto tinha vista para o Grande Canal, não era agora que íamos de transporte público. Ainda por cima armados da invencível máquina que é o GPS... Assim foi, programámos o dito com a morada de um hotel e lá fomos nós.
Esta cidade é movimentada e tem montanhas de gente nas ruas!
Olha que giro entrámos p'lo bairro gay!
Olha os canais estão cheios de barcos com malta!
Eina pá, não se vê a água do canal e é só barcos cheios de malta vestidos de côr-de-rosa, cheios de plumas e de roupas coloridas...
Ups! E agora onde está a estrada? Onde está o canal? Isto é um mar de gente...




"Hei you ! this is the wrong way!"
Bem! Vais em contra mão! Fantástico!! E agora?
Marcha à ré no meio da multidão.
Filma! Filma! (dizia o V.)
De repente vemos um fulano de máquina em riste a andar na nossa direcção apontando para a matrícula do carro e a perguntar : "São portugueses de verdade? São portugueses de verdade? Posso fotografar?"
Em suma, para trás era difícil. As ruas eram super-estreitas e estavam cheias de gente. Não nos restou outra alternativa senão atravessar uma das pontes que corta o canal onde decorria a Gay Parade.
Claro que fomos alvo de chacota por estarmos de carro e ainda por cima de GPS. A nossa sorte foi um dos intervenientes da festa que, armado de apito, resolveu soltar o fôlego e colocar-se à frente do carro apitando e afastando o pessoal. Não impediu que ainda tenhamos feito uns metros com o carro cheio de malta deitada e sentada em cima do capôt.
Uma aventura! Tivemos direito a autocolantes no carro e passageiros a bordo, mas tudo muito bem disposto e nada de violência ou insultos. Assim que conseguimos ver um palmo de rua fugimos a sete pés.




Não pensem que o incidente nos afastou de voltar a visitar a cidade de carro, nada disso! No dia seguinte lá estávamos novamente de carro. Desta vez estacionámos a máquina num dos parques subterrâneos e, coincidência das coincidências, a saída para o exterior dava mesmo para o palco da festa Gay. Lá estávamos nós novamente no meio da festa.
Foi fixe e divertido. Grande vivência!
Bem para além das ruas e canais, visitámos o Museu Van Gogh. Aqui peço desculpa aos puristas, mas não gostei. Esperava mais e melhores obras do artista. Sei que tive a sorte de ter visto a maior exposição de Van Gogh jamais realizada, da última vez que tive em Madrid, e daí que tenha achado fraco o espólio do Museu. Valeu pela exposição temporária que lá estava.




Quando estamos de carro, sem compromissos marcados e horários a cumprir, podemos alterar o trajecto pré-destinado. Assim foi, ao olhar o mapa da Holanda vimos que no norte do país havia um dique enorme que liga Wieringen a Waddenzee, com uma extensão de 32Km e 90m de largura .
Afsluitdijk traduz-se como "dique de fecho" e fecha o Ijsselmeer separando-o do mar de Wadden.


                      (Colónia)




Colónia foi escolhida pela sua Catedral. Entrámos na cidade atravessando o Reno e tivemos uma vista panorâmica da cidade. À direita o centro histórico à esquerda arquitectura contemporânea.

Colónia é uma cidade em ebulição, nas ruas os turistas e os residentes cruzam-se numa grande correria. Decorriam manifestações, mas como não domino a língua alemã, ficámos sem saber o que reivindicavam.

A Catedral é imponente, mas a poluição transformou-a num monstro negro.

Chegar ao hotel de carro foi mais complicado que andar em Amesterdão. As obras proliferam como cogumelos e como o parque para o carro ficava longe, anulámos a reserva e saímos rumo ao Luxemburgo.

Numa paragem para abastecer o carro de  gasóleo  e tomar um café, surpreendi o V. ao pedir um copo de água num perfeito  alemão. A proeza valeu-me um: "Com esta já me lixaste!", afinal ainda não esqueci tudo o que há 30 anos a escola me deu.


( Luxemburgo)

Aqui sim a surpresa foi total, sempre que se fala deste país é para referir que os portugueses são quase tantos como os naturais. Nunca se ouvem referências a um país lindo cuja capital deslumbra quem por lá passa.
Chamaram-lhe a Gibraltar do Norte. A parte antiga da cidade do Luxemburgo tem um vale profundo com uma vegetação exuberante, os jardins são cuidados e desenhados com flores de cores fortes.
A Catedral, cujos pináculos podíamos observar do quarto do Hotel, a Praça Central onde ainda se fazem mercados, o Palácio do Grão Ducado, a sede do Banco do Luxemburgo a Estação Central e muitos, muitos outros edifícios antigos e bem conservados, documentam que esta foi e é uma cidade rica e com história.




Contudo Luxemburgo não parou no tempo e é uma das cidades sede da União Europeia. Tem uma zona onde se instalaram os edifícios de diversos organismos europeus, bancos, centros culturais e desportivos, zonas habitacionais e comerciais onde o urbanismo e a arquitectura são modelos e deveriam ser visitados pelos estudantes destes cursos.




Aqui, os melhores arquitectos do mundo usaram e abusaram das novas tecnologias para fazer crescer uma cidade modelo onde tudo está no sítio certo, da forma correcta e onde os artistas plásticos tiveram espaço para fazerem brilhar as suas obras.



 (Estrasburgo)

Já havíamos visitado Bruxelas, Luxemburgo e só faltava mesmo Estrasburgo.
Concluímos que os nossos Eurodeputados, e todo o staff que trabalha nas Comissões e variadíssimos orgãos da União Europeia, têm uma sorte fantástica pois trabalham em cidades lindíssimas.

Aqui, comprei uma fatia de queijo formidável que pesava 1 Kg, imaginem o tamanho do dito. Comprei amoras e livros de design para presentear a R. e  ainda  tive a oportunidade de ver um barco transpondo uma eclusa.




Também aqui o centro histórico é magnifico, as casas com as estrutura de madeira à vista fizeram as minhas delícias.


                       ( Basel- Basileia)

Quando tracei o percurso desta viagem decidi que visitaria Friburgo, pois em tempos tinha lido qualquer coisa a seu respeito e tinha ficado com curiosidade. Olhei à pressa para o mapa e localizei-a no sul da Alemanha, óptimo! Como queria ir espreitar os lagos Suíços, Fiburgo ficava de caminho.

À medida que nos aproximamos do destino é que vamos escolhendo as estradas e os sítios por onde queremos passar. Normalmente é na noite anterior à partida que olhamos o mapa. Desta vez ficámos um pouco baralhados, em primeiro lugar porque havia dois Freibourg: um na Alemanha e outro na Suíça. E agora, qual deles era? Não tínhamos net no hotel pois estávamos no 5º piso e o sinal não chegava. O cabo fornecido na recepção não funcionava, já estávamos em traje de noite não nos apetecia voltar a vestir e descer para pesquisar. A solução foi ligar para casa e pedir uma consulta rápida aos moços.
A R. pesquisou e disse-nos: "É na Suíça." A Suíça é linda de uma ponta à outra e Friburgo é o Toledo da Suíça, curiosa esta comparação feita pela R.

Estava decidido, só faltava escolher a fronteira por onde entrar.

Basel era a melhor opção. Nunca tinha ouvido referências a Basel, como se pronunciava isto em inglês, alemão ou francês. A dúvida persistiu demasiado tempo até que se fez luz nestas cabecinhas e descobrimos que afinal tratava-se de Basileia.

Na fronteira não tivemos qualquer tipo de controlo no que respeita a documentação. Bastou pagar €30 para recebermos o selo que nos permitia andar nas autoestradas Suíças e constatar que a criação do Euro é uma grande mais-valia pois recebemos de troco 2 francos suíços.
Pela 1ª e única vez estávamos com uma moeda diferente e percebemos que tínhamos que ir ao banco se quiséssemos comprar alguma coisa.

Afinal não foi bem assim. Os Suíços aceitam Euros e acabámos por levantar francos somente para pagar o comboio turístico.


                       (Friburgo-Suíça)

Friburgo é uma cidade fantástica. As casas estão penduradas nas escarpas e os desníveis da cidade são enormes.




Aqui nada é plano e as pernas agradeceram a opção de visitar a cidade em comboio turístico.
Nas fachadas dos bares e restaurantes podemos observar os famosos letreiros trabalhados em ferro rendilhado, alguns apresentavam uma folha de ouro e quase pareciam brasões. São lindos.




Os lagos Suíços são fantásticos  o primeiro que vimos era pequenino comparado com o imenso lago que é Le Mans. Contudo, foi o que mais gostei. Era um paraíso, as encostas das montanhas que o rodeavam estavam cheias de casas lindíssimas com  telhados que chegavam quase até ao chão e flores a contornar as janelas. O verde da vegetação era interrompido pelas manchas brancas das vacas e ovelhas cujo som dos chocalhos nos transportava ao Éden.
No centro do lago, que estava cheio de pequenos barco à vela, uma ilhota com uma igrejinha e pequenas casas formavam a cereja no topo do bolo.

Adorei.

Almoçámos nas margens do "brutal" Lago Le Mans e foi aqui que fotografei a escultura mais original que vi até hoje.

Não faço a mais pequena ideia do que o artista queria transmitir ao colocar um gigantesco garfo na margem deste lago mas é enorme e muito engraçado.


(Lausanne)

A autoestrada que nos levava à fronteira com França passava por Lausanne e Genéve e, claro está, que não resistimos a entrar e dar uma espreitadela.

A foto de cima é em Lausanne e mostra-nos uma instalação de canteiros de flores num parque de estacionamento. Sem dúvida muito mais interessantes do que as máquinas.


(Genéve)

Entra-se em Genéve e percebe-se onde está o dinheiro dos magnatas do Mundo. Foi aqui que vi as maiores "bombas", mas também foi aqui que estivemos mais tempo presos no trânsito, daí termos fugido rapidamente da confusão e ter optado por observar a cidade de cima.
De teleférico subimos acima dos 1000m e aí, sem filas de trânsito e numa calma imensa, observámos a cidade, o Lago Le Mans e os arredores.



(Orange)

Depois de termos pernoitado em Valance, no meio dos Alpes franceses, fizemos-nos à estrada rumo a Barcelona. Parámos em Orange, uma cidade que numa outra viagem já nos tinha acolhido. Aqui o cheiro da alfazema e dos sabões da Provença sente-se no ar e o trinar das cigarras faz-se ouvir.
Para quem gosta da Civilização Romana, tem aqui oportunidade de ver um magnífico teatro romano.




Depois de duas semanas de viagem com um tempo fantástico e quente, onde a chuva raramente se manifestou, a chegada a Barcelona prometia. Nada a que não estejamos já habituados. Cada vez que andamos por estas paragens o S. Pedro oferece-nos uma valente borrasca.


                      (Barcelona)

Barcelona é uma cidade FANTÁSTICA, podemos lá ir todos os dias que ela tem sempre algo que nos surpreende. Aqui os autarcas não limitam a criatividade dos arquitectos e desde as fantásticas criações do genial Gaudi que a cidade não pára de crescer e de nos mostrar bons exemplos de arquitectura.
É sempre bom voltar e voltarei sempre que puder, tenho a certeza que esta cidade não me cansa.


                      ( Valência)

Para terminar o nosso périplo, demos um salto a Valência para ver, in loco, as criações do Calatrava na Cidade das Artes e das Ciências.

Aqui a desilusão tomou conta de nós.
Os edifícios têm formas inusitadas transpondo-nos ao fundo dos mares. Na sua maioria são edifícios bonitos e de complexa composição, contudo, apesar de não estarem todos concluídos, já se nota alguma degradação. No branco dos alçados já se vêm vestígios de fungos provocados pelo escorrimento das águas pluviais e será muito difícil mantê-los em condições.
Para além disso, acho que lhes falta espaço para respirarem e convivem paredes meias com bairros degradados.




Sou capaz de estar a ser injusta, mas tenho visto fotos fantásticas da zona e esperava bastante mais, esperava encontrar uma zona ultra-moderna. No entanto, penso que este é um projecto que está a ser concretizado e que levará ainda algum tempo para estar concluído. Apesar de tudo, merecerá com certeza uma visita mais atenta.

Depois de sair-mos de Valencia rumámos a casa, mas ainda tivemos força para ir beber uns copos a Pedras de EL' Rei e ouvir o nosso amigo Domingos e a sua banda de bares.

Foi BOM!

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