quarta-feira, 1 de maio de 2013

Rio a cima


O dia estava fresco muito ventoso e o sol tímido mas nada que impedisse um grupo de amigos partirem à descoberta do Arade de Portimão a Silves.

Estas viagens são na sua maioria destinadas a turistas estrangeiros, turistas que não conhecem a nossa história e  merecem que a mesma lhes seja contada com algum rigor e de preferência sem música de fundo para que os sons do rio se façam ouvir. Mas não é isso que acontece. As incongruências históricas são bastantes a música de fundo do mais pimba possível e o mimo que nos é oferecido é um vinho da pior qualidade.
Na minha opinião não é assim que se deve passar a imagem do nosso país, mas....



Assim que saímos de Portimão podemos observar com tristeza as ruínas do que outrora foram algumas das maiores Fábricas de Conservas deste País e que na 1ª metade do séc.passado empregavam a maioria das gentes daquelas terras. Ao todo teriam sido 21 Fábricas de conservas, tanto quanto sei não resta nenhuma.
São muitos os relatos que referem que as nossas conservas eram as melhores do Mundo qual o porquê do abandono desta indústria?



Rio a cima o nosso guia lá ia dando as explicações que achava relevantes. segundo ele, esta pequena gruta será um lugar de culto e milagres desde a época do árabes.
Depois de terem banido os árabes destas paragens os cristãos   terão colocado neste sitio  uma imagem da Virgem que hoje se encontrará na Igreja de Ferragudo  . Aquando da retirada da imagem  os pescadores destas paragens não terão gostado nada e em sua substituição  terão lá colocado uns quadros com a imagem de Stº António, o Santo casamenteiro que, pela experiência do Mestre continua a fazer milagres e dos bons.
Segundo nos relatou depois de se ter divorciado da 1ª esposa ter-se-à dirigido à gruta e suplicado ao Santo por uma mulher boa e mais nova e o Santo em apenas 15 dias tratou do assunto com mestria e para sua grande satisfação. heheheh








Se alguém precisar de um milagre já sabe que tem nesta gruta do Rio Arade uma forte possibilidade de concretização.



A maré estava baixa e era possível ver cágados nas suas margens.

As águas do rio estavam muito turvas, presumo  devido à imensa chuva que este ano se fez sentir e que terá arrastado da serra para o Rio imensos detritos. Para além disso o tufão que arrasou parte da cidade de Silves, há uns meses atrás, também terá contribuído para esta imensa sujidade, mas é importante  referir que esta era uma sujidade orgânica. Nas margens do rio já perto de Silves era possível ver algumas árvores de diâmetro considerável  tombadas e muitas outras  decepadas.









As palmeiras estão a ser devastadas pelo escaravelho o que é uma tragédia para a paisagem mas as cegonhas aproveitam-nas para os ninhos. Todas elas, e eram bastantes estavam ocupadas.



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