sexta-feira, 22 de janeiro de 2010

Palácio Valle Flôr

(Pavimento da sala dos arreios no edifício das cavalariças)


José Luís Constantino nasceu em Trás-os-Montes em 1855 e, com apenas dezasseis anos, partiu rumo a África. Na ilha de São Tomé tornou-se um dos maiores produtores de cacau, diziam-no inteligente, empreendedor. O seu apoio ao desenvolvimento das populações em São Tomé e Príncipe e a preocupação social que teve com os trabalhadores das suas fazendas, não passaram despercebidas. Foi várias vezes condecorado e, em 1907, o Rei D. Carlos atribuiu-lhe o título de Marquês. Foi no final do século xix que o Marquês de Valle Flôr adquiriu um terreno no Alto de Santo Amaro, em Lisboa. Anos mais tarde começou a construir nele o palácio que hoje acolhe o Pestana Palace Hotel. O Marquês viveu entre África, Lisboa e Paris, guardando influências destas vivências na decoração do Palácio Valle Flôr. Os melhores pintores portugueses da época desenharam os tectos, os ornamentos das paredes foram encomendados ao atelier Jansen de Paris, as madeiras do chão vieram de São Tomé.

No início do século xx uma parte da vida social lisboeta passava-se dentro deste palácio. Após a morte do Marquês de Valle Flôr, em 1932, o edifício entrou numa fase de degradação. Abandonado durante mais de meio século, pertenceu ao Estado antes de ser adquirido pelo Grupo Pestana em 1992, época em que se começaram trabalhos de recuperação colossais. Em 1997, o palácio foi classificado monumento nacional e, em 2001, o hotel foi oficialmente inaugurado.

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