segunda-feira, 1 de março de 2010
Arte
Apesar de viver num apartamento modesto e das condições financeiras nunca terem sido brilhantes sempre me preocupei em decorá-lo de forma equilibrada sem recorrer a objectos kitchs. Daí ter optado por usar peças antigas que herdei e com as quais me identificava ou me traziam à memória recordações várias.
Os quadros são a forma mais comum de preencher o vazio das paredes, neste campo nunca fui tentada a adquirir cópias previamente emolduradas que se encontram à venda por todos os lados e comuns a muitas casas.
Enquanto não consegui ter alguns originais, preenchi as paredes com pratos centenários que herdei,quadros bordados que eu própria fiz, também tive emolduradas várias das rosetas de croché feitas pela minha avó e mãe e como a minha sogra pinta em porcelana também pelas minhas paredes passaram algumas das suas criações.
Desde que comecei a criar o meu Lar que a intenção era preencher as paredes com originais de criadores desconhecidos que tentam a sua sorte num mercado onde se é difícil vingar, apesar de desconhecidos os preços nem sempre estiveram ao alcance da minha bolsa daí que nunca tenha conseguido fazer grandes aquisições.
Há uns anos comprei uma tela pintada a óleo a um amigo que considero ter grande qualidade artística mas, por razões que agora não me apetece explicar, nunca teve um percurso sustentável e nunca teve o reconhecimento que merecia.
As prioridades cá em casa eram outras e o investimento na Arte ficou sempre relegado para 2º plano.
Como diz o ditado "quem não tem cão caça com gato", resolvi eu própria pintar telas para preencher o espaço vazio,houve uma época em que fui muito produtiva e muito incentivada para o fazer, quem destas coisas percebe e tem formação, achava que tinha jeito para a coisa e que nesta arte devia investir.Foram muitas as telas que pintei em acrílico e muitas delas estão espalhadas pela casa dos amigos, e a pedido ainda vendi algumas.
Fui incentivada a expor mas nunca tive coragem. Muitas telas virgens e muitos tubos de acrílico esperam por nova oportunidade, mas como já repararam agora ando a explorar outros mundos.
Para que este post não fosse muito monótono só com texto intercalei-o com fotos ( muito mal tiradas por sinal) de desenhos da minha filha feitos a caneta de feltro e em páginas do seu Moleskine e foram um presente muito especial, que aguardam ser emoldurados.
Hoje nas minhas paredes já se encontram pendurados alguns originais quase todos de artistas Algarvios, Sidónio,Raul Bivar,uma serigrafia trabalho conjunto de Daniel Vieira e Eduardo Coutinho e Zé Laginha.
Mas foi através da net e dos blogs que leio tenho vindo a descobrir novos talentos e muita criatividade a preços compatíveis com a minha bolsa, a dificuldade tem sido em conseguir adquiri-las, pois quando delas tenho conhecimento já não se encontram disponíveis.
Deixo-vos as fotos das primeira aquisições que fiz e que espero que sejam as primeiras peças de uma, enorme colecção que acredito valorizarão com o passar do tempo.
São ilustrações em técnica mista de grande qualidade estética.
A peça de cima " Vida de Flores e de Pássaros "é da autoria da Rute Reimão e é fruto da minha inabilidade com os computadores. Passo a explicar, quando me decidi comprar a 1ª peça à Rute recorri ao seu Flickr e ao álbum das peças disponíveis e.... enganei-me a referenciá-la no email que lhe mandei, não era esta a peça que queria mas sim outra, contudo a minha filha gostou bastante e resolvi ficar com ela. Além disso a Rute fez-me uma tela muito especial e outras ilustrações se seguirão.
Esta é da Alexandra Neto e é uma das suas Julietas, uma figura a quem a Alexandra dá vida com alguma regularidade.
Por último " Vida de Gato ", uma ilustração do Ricardo
E para terminar este enorme post deixo-vos um pedido:
Comprem obras dos Novos Talentos .
Todos nós temos a obrigação de promover e incentivar os novos talentos.No Mercado da Arte nem sempre é possível chegar às peças que nos fascinam, devido aos elevados preços praticados, contudo encontram-se peças muito bonitas a preços muitas vezes mais baixos do que uma mera reprodução comprada numa qualquer vulgar loja de decoração.
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